quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A estrela de Laura

Competência específica - Leitura.
Descritores de desempenho - Fazer uma leitura que possibilite: confrontar as previsões feitas com o assunto do texto; detectar informação relevante; identificar o tema principal e aspectos acessórios; captar sentidos implícitos; resumir textos.
Experiências de aprendizagem - Ouvir a história “A Estrela de Laura”, contada pro prof. e com recurso a estratégias específicas de "Antes" e "Durante a leitura"; Resolução de exercícios sobre processos básicos de compreensão; apresentação dos trabalhos de grupo à turma e debate/reflexão sobre as respostas.

A estrela de Laura

“Quem me dera ter uma amiga,” suspirou Laura, enquanto olhava pela janela do seu quarto. “Alguém especial com quem partilhar os meus segredos.” Mas não havia ninguém a ouvir – apenas as estrelas distantes que piscavam e brilhavam como pequenas pérolas no céu da noite.
De repente, algo captou a atenção de Laura. Laura mal podia acreditar: um rasto de prata, rodopiando no céu, vinha em sua direcção. Passou tão perto da janela, que Laura quase conseguia tocar-lhe. Algo de mágico e maravilhoso estava a acontecer! Laura vestiu apressadamente o roupão, calçou os chinelos e desceu até à rua.
Lá fora, caída no passeio, encontrava-se uma pequena estrela que lançava faíscas coloridas. “És linda,” sussurrou Laura ao aproximar-se da estrela.
Uma das pontas da estrela tinha-se partido quando esta caiu no chão. "Não te preocupes," disse Laura, enquanto a levava carinhosamente para casa. "Vou tratar de ti e ficarás boa depressa." Já no seu quarto, Laura conseguiu consertar a estrela.
Mais tarde, Laura contou à sua amiga todos os seus segredos e esta parecia brilhar cada vez mais. Era como se a conseguisse ouvir e a compreendesse. Laura adormeceu muito feliz, porque sabia que tinha finalmente encontrado uma amiga especial.
Mas quando Laura acordou no dia seguinte, reparou que a sua almofada estava vazia. A estrela tinha desaparecido! Laura ficou assustada. Procurou debaixo do cobertor e revirou todas as gavetas e armários. Subiu até ao topo do guarda-vestidos e até espreitou por debaixo da cama. Mas não encontrou nada. Não conseguia encontrar a pequena estrela em lado algum.
Laura sentiu-se muito só e como se de repente já nada tivesse importância. Será que a pequena estrela tinha sido apenas um sonho?
Quando Laura voltou da escola, os seus pais tentaram fazer o possível para a alegrar. "Queres um pouco da tua Gelatina preferida?" perguntou o Pai. "Não gostas do meu chapéu maluco? O que tens?" perguntou a Mãe. Laura não podia responder. Não podia explicar-lhes porque estava tão triste. A sua estrela tinha desaparecido para sempre, e nem sequer lhe tinha dito adeus.
À noite, Laura foi deitar-se muito desconsolada. Mas, ao aproximar-se do quarto, reparou numa luz que aparecia por baixo da porta. Ao abri-la, ficou espantada com o grande clarão de luz que viu. Era ela! A sua estrela estava exactamente onde a tinha colocado na noite anterior e brilhava como mil diamantes. De início Laura mal podia acreditar, mas depois, muito contente, correu para junto da sua querida amiga estrela. "Já sei o que aconteceu," disse Laura. "As estrelas só aparecem de noite. Estiveste sempre aí, só que eu não te conseguia ver. Eu sabia que não irias deixar-me sem me dizeres adeus."
Laura e a pequena estrela divertiram-se muito. Brincaram, fizeram partidas e Laura leu à estrela o seu livro favorito. Mas Laura aos poucos apercebeu-se de que a estrela estava a ficar fria e menos brilhante, como se estivesse a desaparecer.
Laura tentou aquecê-la com as suas pequenas mãos quentes, mas a estrela continuava cada vez mais fria. Depressa Laura percebeu porque é que a sua amiga estrela estava a apagar-se. Laura escolheu os seus quatro melhores balões e atou-os cuidadosamente à pequena estrela. "Fica bem," disse Laura, enquanto abria a janela e largava os fios. "E sê muito feliz." Lentamente, os balões subiram no céu escuro e a pequena estrela piscou carinhosamente para Laura enquanto se afastava cada vez mais, até alcançar as outras estrelas, que estavam lá em cima no céu estrelado.
Laura já não estava triste, porque sabia que que a sua pequena estrela tinha voltado para a sua verdadeira casa, onde realmente pertencia. Todas as noites, antes de se deitar, Laura ia até à janela e contava os seus segredos ao céu, pois sabia que, onde quer que a pequena estrela estivesse, ela estaria sempre a ouvir.

Klaus Baumgart
Editora Minutos de Leitura

Macroprocessos

Processos integrativos
Processos elaborativos

Sem comentários:

Enviar um comentário